quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Vai, abraça!



+ Malvados
Linkado por MaFê

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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Ser um lutador na vida!

Sandro: e o cara que sai de casa, cidade grande, de manhã e diz que vai pra "luta"?
luta com quem né?
com o resto da sociedade?

MaFê: dá exemplo?

Sandro: um exemplo...
aquela clássica situação, quando o cara se sente sem alternativa e entra num emprego no qual nunca parou ninguém lá, numa área que ele nem gosta...
Acho que as pessoas sentem que precisa lutar com os outros pra conseguir o que querem!

MaFê: eu não tenho saco pra empresa mesmo...
mais das vezes, é lugar que tem muita gente mimada.

Sandro: todo mundo que já passou naquela vaga foi despedido porque o chefe foi classificando todos como incompetentes... (o último ainda tá de cama, deprimido)
aí o cara que entra, é "o novo" aos olhos do chefe... mas só por enquanto.
tudo indica que o ciclo vai se repetir:
os colegas já olham pro sujeito novo com aquela cara de extrema unção! hehe
...é isso que as pessoas chamam de "luta".

MaFê: olha, se o cara começa entrando pela porta do fundo, nesse trabalho novo...

Sandro: porta do fundo?

MaFê: é
o cara chega, vê o "rastro" deixado no chão,
se assusta com a "situação" dos que já foram...
já entra com medo, encolhido
daqui há pouco tá com fobia!


Sandro: fobia do homem de paletó?

MaFê: homem de paletó? ou do chefe
?

Sandro: é que eu tenho uma teoria
de que o paletó existe para pessoa "virar chefe": ficar quadrada, caber dentro da "fôrma" esperada em escritórios.
e o cara se "esconde" dentro do paletó como se fosse uma armadura
ele se sente bem, pois suas inseguranças estão bem escondidas lá dentro.
aliás, paletó serve também pra esconder as banhas,
que tem muito chefe que fica gordo pra aumentar sua figura
e assim melhor intimidar os outros!

MaFê: não,


Sandro: pois ele também tem a "luta" dele:
tem que manter 'tudo que conquistou' a qualquer custo.
usa essa carcaça toda (paletó + banha) como um 'tanque' de buscar e destruir, atirando nos outros aquilo que ele não quer ver nele mesmo... "seu incompetente!", "seu incompetente!", "seu incompetente!"...

MaFê: o cara engorda porque não sabe cuidar dele mesmo


Sandro: talvez...
:D

MaFê: e o cara não sabe cuidar nem de si mesmo,
depois quer que todo mundo acredite

que ele sabe cuidar do negócio...?

Sandro: é mesmo... haha!
e o cara lá tem que ir trabalhar com um chefe desses...

MaFê: uai, alguém obrigou o cara a ir trabalhar na empresa?

Sandro: o cara vai, porque ele acha que só lá qui tá o dindin!
:D

MaFê: ah, é,
só eu vivo sem dindin
tinha esquecido...


Sandro: é

MaFê: e seu te contar que o dindin não existe


Sandro: então fica aí no interior comendo cereal germinado! hehe

MaFê: só existe 1/10 do dindin que parece que tem no mundo?
se não for menos?


Sandro: se for verdade, o próximo crash financeiro será fatal...

MaFê: porque é que você acha que deu esse banzé todo?

Sandro: mas eles enfiam bilhões do nosso dinheirinho nos bancos,
e tudo continua bunitim
:D
até o próximo

MaFê: bunitim pra quem, cara-pálida?


Sandro: pros hómiquadrado, uér
hómiquadrado = homens metidos em paletós, se achando muito importantes.

MaFê: porque é que quando você faz uma dívida impagável,
depois de 5 anos, ninguém mais reclama?
ou porque é que dá pra renegociar por bem menos?
porque dindin não existe inteiro
só existe uma parte
que circula
que o povo vê pra acreditar que existe tudo


Sandro: bom.... muita gente adoraria esses 'dindin sem existência real' fluindo pra suas contas :D

MaFê: hahaha

Sandro: é...
tanta 'luta' por algo que 'não existe'..!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Medos e medas

Sandro: MaFê, e aquele medo de fazer coisas na vida?

MaFê: lembro de um tombo que levei, onde senti muito medo

um medo relacionado com risco de vida
tem outros medos relacionados, mas eu não sei dizer

Sandro: estou falando de outros tipos de medo.

MaFê: medo de dar certo?

medo de dar errado?

Sandro: bom... acho que estes dois medos estão relacionados.

MaFê: podemos apenas experimentar

ir experimentando,
experimentando, pode dar em erro ou em acerto.

Sandro: O medo do acerto parece mais forte do que o do erro...
Mas nos dois casos, a pessoa se sente ameaçada!

MaFê: bem, aí depende
se a pessoa se leva muito a sério,
se a pessoa não sabe se centrar em si mesma,
se a pessoa não sabe ficar no seu hara...


Sandro: ...sempre há a opção do harakiri hahaha!

MaFê: ...se a pessoa não consegue rir de si mesma, traumatiza

se essa é sua 'unica' ou 'última' chance,
traumatiza.

Sandro: já pensou? descobrirem um "presunto" com a barriga aberta... hahaha!
e a notinha de "despedida":
"ele fez 'algo', mas os outros não gostaram..."

MaFê: afff

e daí se não gostarem?
pra quem é que a gente vive?

Sandro: é mesmo né? hahah

MaFê: é questão de mudar a vibração

esse medo tem função de proteger a vida?
se não é pra proteção da vida,
não vale a pena.
então, cada vez que der com ele, a gente muda de assunto
canta um mantra, reza, etc... faz qualquer coisa do bem.

Sandro: prefiro desconstruir ele... rir do medo.

MaFê: isso não vai funcionar sempre

o ego tem artimanhas pra pegar a gente.

Sandro: porque às vezes, quando mudamos e depois voltamos ao assunto,
o medo parece que tá igualzim :D

MaFê: mentira!

quando a gente tira o foco do medo constantemente
ele morre de fome.

Sandro: pode ser...!

MaFê: elaborar/desconstruir é 'bonitinho'

porém, não resolve sozinho.
quem pensa não presta atenção!

Sandro: legal!

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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Copyleft ou Copyright?

MaFê: Que acha da licença Creative Commons?
Sandro:
Olha, eu prefiro que o que eu escrevo aqui no Cafezinho não seja Creative Commons.
MaFê:
Beleza.

Sandro:
Não porque eu seja egoísta.
Mas porque não escrevo textos prontos no blog.

Acho mesmo que escrevemos reflexões registradas... é diferente! Hoje eu penso assim, amanhã talvez pensarei assado.
E reflexão é algo muito particular.
Eu posso mostra-la a alguém, mas outra pessoa não pode interferir nela. Ou não deveria.
Se interferir, perde o sentido. Até uma invasão.

Ou então acabar usando para outra coisa, distante do sentido original, desvirtuando tudo.
(Que nem quando queriam usar a música "Ring of Fire" do Johnny Cash para vender remédio para hemorróida...)
MaFê:
Então...
Só que bom senso não dá na árvore.
E alguém joselito pode querer interferir na reflexão.

Sandro:
SE um dia eu quiser usar a Creative Comons, vai ser em algo com o qual já pensei antes, já nasceu com o espírito de obra aberta.
MaFê:
Eu entendo a questão da não-prontidão
e eu adoro isso no blog
como podemos ver na linha do tempo nossos movimentos.

Mas Sandro, o que cai na rede é obra aberta?
Sandro:
O que eu escrevo no Cafezinho é algo que quero expor, mas não compartilhar autoria.
MaFê:
Entendo,
só que caiu na rede, já era...

Sandro:
O que cai na rede é fácil de piratear, mas não necessariamente obra aberta!
MaFê:
Nego pode bem linkar e alterar.

Sandro:
É porque a questão do respeito ainda não está muito resolvida entre nós, humanos hehe.
O cara até pode copiar e alterar, pois não há "travas"... ninguém vai dar choque, o windows dele não para de funcionar, rs.

Mas ainda assim, eu expresso a minha vontade de que ele não faça isso.
E declaro que não tenho nada a ver, nem me responsabilizo pelo conteúdo das obras derivadas, nem apóio.
Mas se linkarem, acho que tudo bem, desde que o link seja para as pessoas virem ler aqui.
MaFê:
Então tá.

Sandro:
Assim, eu estou sendo assertivo e me protejo... moralmente, legalmente...
MaFê:
Foi apenas uma possibilidade.

Sandro:
Se quiser, pode deixar Creative Commons a sua parte hehe
A minha é Copyright.
MaFê:
rs

Sandro:
Já pensou? O cara só pode pegar as linhas “MaFê” dos diálogos... hehe
MaFê:
Ia ficar muito engraçado!

Sandro:
Não que eu não goste da CC.
Eu acho muito legal. Mas nem tudo é pra ser CC...
MaFê:
Eu gosto mais da CC do que da C.
Sandro:
Eu acho que cada uma tem seu momento.
Mas o Cafezinho é copyright.
Mesmo porque os nossos posts, fora do Cafezinho, perdem o sentido... se esvaziam.
Que nem dizer: "gostei desta garota, achei ela bonita, vou levar o braço e a vesícula dela pra casa"
MaFê:
E a unha do dedinho esquerdo do pé. Rs!
Sandro:
O que escrevemos tem uma determinada energia... é pro cara concordar, discordar, amar, ter raiva, ficar indiferente, nem ler, etc.
Não importa.
Mas não é pra ficar levando de cá pra lá, nem misturar essa energia com outras coisas por aí.
Não quero que fabriquem frankensteins.
MaFê:
Sim.

Sandro:
E se um dia eu achar que alguma coisa que já escrevi não serve mais, ou é/se tornou prejudicial, tiro do blog. Não me responsabilizo pela circulação das "cópias não autorizadas".
Pois a cabeça da gente muda, né?
Me reservo o direito de mudar de opinião!
Me reservo o direito de jogar fora alguma coisa que já tenha escrito!
MaFê:
Sim. Eu também.

Sandro:
Não me envergonho de nada que já tenha feito, mas me reservo o direito de não mais deixa-las a disposição, se passar a achar que elas não tem mais serventia/deixam de expressar o bem.
MaFê:
Sim, entendo.
É bem parecido com como me coloco em relação aos posts.
(aliás, a tudo o que faço, me parece... rs)

Sandro:
hehe.

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terça-feira, 11 de novembro de 2008

Shokado

'
Numa noite em 1959, enquanto estava acordado na cama, experienciei um evento que reuniu a biologia e a psicologia para mim, cristalizando minha compreensão de que o nosso self é o processo evolutivo em continuação.
Estava deitado de costas, alongando partes tensas do meu corpo e sentin­do-as relaxar. Sem que eu sequer percebesse, isto deu início a uma onda de pulsação na minha parte frontal, para cima e para baixo. Senti meu cérebro se abrir. E tive a visão de uma serpente, verde e vívida, que parecia espiralar-se para fora dos meus intestinos até dentro da minha cabeça. Na noite seguinte aconteceu a mesma coisa, à exceção de que, desta vez, quando a serpente se insinuou na minha cabeça, pareceu entrar num anel prateado.
Enquanto eu podia ver a serpente se movendo dentro de mim, também sentia que eu mesmo era a serpente. Oscilei para frente e para trás entre estas duas percepções: objetivo e subjetivo. Havia a serpente lá fora e havia a sensa­ção de fluxo dentro de mim. Eu tinha a visão e tinha o sentimento. E o pêndulo da minha percepção, oscilando, criou um campo em forma de ovo que, para­doxalmente, se estendia infinitamente em todas as direções.
Nos anos seguintes, aperfeiçoei a conexão com a minha serpente. Come­cei a perceber a relação entre o seu fluir e o meu processo de ser formado, meu processo de me tornar mais do que costumava ser. Comecei a aceitar uma espiral excitatória ascendente e externa, descendente e interna — uma expres­são da minha excitação alternadamente limitada e ilimitada, contida e incontida. Senti que a minha serpente era meu eu. Sempre que a experienciava na perife­ria do meu corpo e nas minhas profundezas, podia sentir que ela me penetrava por inteiro. E, à medida que comecei a viver este sentimento, comecei a desen­volver uma qualidade de ser um campo de excitação formando-se e aumentan­do continuamente.
Um dia, no outono de 1964, à medida que eu sentia a luminosidade das minhas correntes, fiquei atento ao fluir intenso da minha serpente dos meus intestinos para cima, na área do esterno, tanto dentro quanto fora. Eu podia ver e podia sentir a corrente de excitação crescendo dentro de mim, me formando numa pessoa mais coração. Poucas noites depois, uma noite agitada, experienciei primeiro uma dor no peito e depois o fluxo perfurando meu dia­fragma. Minha imagem era a de uma serpente irrompendo pelo centro de uma parte laranja. Durante todo o dia seguinte, fui envolvido por um calor circulante que vinha de dentro de mim e me alimentava. Meu mundo era vibrante e inten­so, os poemas brotavam de dentro de mim — me formando e informando.
Pouco depois tive mais duas experiências-serpente que expressavam pa­drões similares de percepção e participação crescentes. Numa ocasião, fiquei atónito ao perceber uma serpente deitada, enroscada num campo perto da mi­nha pelve. Mais tarde, naquele mesmo mês, experienciei uma serpente não enroscada erguendo-se e tentando entrar na minha cabeça. Minha reação nos dois casos foi de pânico, até que compreendi que, para qualquer lugar que pudesse dirigir a sua expansão — cabeça, peito, diafragma, pelve — a serpente era eu, e eu era amistoso. A serpente era eu e, ao mesmo tempo, estava me formando e me ampliando, um eu expandido. Era minha vida atual e era a minha promessa de mais vida.

* * *

A serpente é a minha visão pessoal do processo formativo, como ficará claro em outro evento ocorrido. Nesta ocasião específica, experienciei fortes correntes subindo pêlos dois lados do meu corpo, e então vi não uma, mas duas serpentes. Originando-se de uma só cauda na minha bacia pélvica, uma ser­pente se enroscou pelo meu lado direito, para cima, e a outra pelo meu lado esquerdo. Era como se elas estivessem mantendo um diálogo, e elas o manti­nham dentro do meu cérebro. Ali pararam, como se estivessem se cumprimen­tando. Então suas cabeças fundiram-se.
Olhando para o formato do diálogo das serpentes, percebi que formavam um recipiente em forma de "looping". As serpentes se abrem a partir da pelve e formam um recipiente. Elas se cruzam uma vez. Então fecham o recipiente. Em vez de continuar desenhando oitos, elas circulam novamente sobre si mes­mas e uma sobre a outra. Uma parte essencial desta circulação é a pausa das cabeças das serpentes antes de se fundirem. E na pausa que um acordo é medi­ado sobre o que não será configurado, o que será novamente configurado e o que será configurado de maneira nova — do quê abrir mão, o que manter e o que conter.

* * *
Embora sejam eventos distintos, há uma relação entre o fluxo da serpente e o fluxo da respiração. Ambos trazem à tona o sentimento de um processo de expansão e contração. Frequentemente, ao prender nossa respiração, pode­mos sentir mais facilmente as pulsações e correntes que ocorrem dentro do nosso corpo e, às vezes, na sua superfície. O movimento viaja dos pés à cabe­ça, da cabeça aos pés.
À medida que a serpente e eu formamos nossa relação, comecei a sentir que havia uma mudança qualitativa e quantitativa acontecendo no fluxo da minha excitação, da pelve para a cabeça e da cabeça para a pelve. A serpente se contorcia a partir da minha barriga como um impulso indefinido de amor e carga. Seu impulso se suavizava à medida que passava pelo coração, pelo cen­tro de mim. Quando subia para dentro da minha cabeça, gerava uma imagem ou um insight, uma percepção refinada, distinta de uma percepção global. Se eu estivesse canalizando energia da cabeça para baixo, minhas imagens-pensamento primeiro desfaziam seus limites; então a excitação da minha serpente se intensificava no seu curso descendente através do peito e para dentro da pelve, pernas e pés — iluminando e vivificando minha conexão com meu entorno indiferenciado, meu vácuo criativo.
Gradualmente, aprendi que minha serpente é o contínuo da minha excita­ção, a geradora de padrões do meu imaginar, sentir e agir. Ela recapitula, ex­pressa e re-expressa minha história molecular e celular, meu viver social passado e presente. E a circulação da minha bio-história me enraíza na carne. A serpen­te é o meu oráculo do processo formativo.
* * *

A serpente opera segundo suas próprias leis. No mundo da serpente, os limites cotidianos de tempo e espaço parecem se ampliar. O espaço parece ser infinitamente estendido, e o tempo não está mais confinado a uma progressão linear. Parece não haver uma passagem do tempo. Nem há uma qualidade de passado-presente-futuro. O fluxo da excitação se revela como lampejos de uma luz estroboscópica ou como padrões visuais num caleidoscópio. Há percepção e recordação de eventos, mas os eventos não pertencem à sequência do relógio.
Minha experiência da serpente me levou a entender que há diferentes campos da existência. Uma parte de mim é formada no mundo do espaço-tempo. Outra parte de mim cria o espaço-tempo.
O que é pessoal também é universal. A serpente que percebi como sendo meu eu no processo de formação é uma imagem arquetípica que quase todas as culturas empregaram para representar o processo de crescimento e transfor­mação da vida. Esta qualidade evolutiva da expressão se desdobra como as ondas do mar, a hélice dupla do DNA, os padrões espiralados dos vasos sanguíneos e dos nervos, os ritmos do acordar e dormir, ficar de pé e deitar, se sentir separado e se sentir uno.
A serpente é minha imagem de movimento entre o mundo horizontal e o mundo vertical. Ela me ensina como acordo e como me acalmo, como faço contato e me desprendo. É uma imagem de estimulação e renovação que ex­pressa o movimento serpentino da excitação do meu corpo tecendo continua­mente as dobras do meu cérebro. Sou eu falando comigo mesmo sobre meu próprio processo formativo, sobre minha excitação tornando-se pessoal e, de­pois, social. Parece-se com a imagem de Henry Miller de caminhar pela Ponte do Brooklin, indo da casa para o trabalho, da casa para fora-da-casa — do inconsciente para o consciente e novamente de volta.
Seu próprio símbolo pode vir a você num sonho, num devaneio, ou en­quanto você está fazendo amor. Ele volta de novo. É o seu amigo. E revela a você o modo como você se conecta com o universo e com os outros. É impes­soal, mas você o torna pessoal. A ponte de Miller não pertence a ele, mesmo assim ele a tornou sua. A serpente não pertence a ninguém, mas eu a tornei minha.'

Stanley Keleman
"O corpo diz sua mente"
páginas 122 a 125
Postado por MaFê

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domingo, 9 de novembro de 2008

Troca com troco

No Mercado do Mundo troca-se de tudo.
Presta atenção para fazer a troca correta.

Troque
auto-flagelação
por
auto-conhecimento

Troque
auto-piedade
por
Amor por si mesmo

Troca, que vem com Troco.

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sábado, 8 de novembro de 2008

Seja um sem vergonha, desclassificado, vagabundo!

MaFê:
A vaidade e o orgulho são uma desgraceira,
por isso é bom ser sem vergonha
quem tem orgulho/vaidade tem vergonha
quer ser sempre 'lindinho'.
Quem se livra dos irmãos siameses orgulho-vaidade fica sem-vergonha.
Sandro:
É... que beleza ser um sem-vergonha!
Melhor ainda é ser um desclassificado sem-vergonha!
MaFê:
Sim,
um inqualificável desclassificado sem-vergonha!
Sandro:
Desclassificado é legal... as pessoas não podem te botar na caixinha delas...
Mas porque inqualificável?
MaFê:
Porque tem plasticidade
Sandro:
Bom.. a "classe" do sujeito é algo ilusório, uma convenção...
A sociedade classifica isso e aquilo como sendo "assim ou assado" (de acordo com seus interesses...)
Mas qualificar vem de qualidade... qualidade é algo inerente. Próprio da pessoa, certo?
MaFê:
É atributo.
No dicionário, qualidade também é 'categoria, espécie, tipo'
também é sinônimo de classificar
nossa, como estamos perdidos!
Para todo lado tropicamos no sistema.
Sandro:
Sim... atributo é algo visto.
(Uma mulher peituda tem "atributos", mas para o médico, apenas um par de glândulas mamárias.)

Por isso o melhor é ser vagabundo:
Vou onde quero!
Não me esforço para ter "atributos".
Não faço nada, por isso tudo faço,
tudo é feito através de mim.
MaFê:
É...
menina má
as meninas más vão aonde querem ir.
Viva Mae West!
Sandro:
Tudo rótulo
"menina boa" = rótulo
"menina má" = rótulo
Roda, roda, não sai do lugar!
Ainda controlada pelo julgamento alheio.
Na verdade, "vagabundo" também tem algo de rótulo... Aliás, a maioria das palavras do dicionário vêm com rótulo. Já é inerente à nossa linguagem!

O que é o "vagabundo", desrotulado..?
"Nômade", "flexível", "não executor"?
MaFê:
É,
ranca o rótulo
e experimenta.
Experimenta sem julgo, sem expectativa, sem rótulo
experimenta aquilo que pode bancar
e seja o que for que aconteça, fique do lado de si mesmo
(o lado B, de Bem Maior, AMORRR, rs!)


"Empenhe-se pelo sem-esforço." (Tao Te King, 63)


Obs: Fui pesquisar a palavra "nômade" no dicionário, pra ver se não tinha rótulo embutido.

Definição do Michaelis:
nômade
nô.ma.de
adj m+f (lat nomade) Diz-se das tribos e raças humanas que não têm sede fixa e vagueiam errantes e sem cultura. sm O que não tem residência fixa; vagabundo. sm pl Povos pastores sem residência fixa. Var: nômada.

Ué!? Só porque um povo é nômade, é um povo sem cultura? Os ciganos, por exemplo, são "sem cultura"? Ou então não podem ser chamados de nômades? Ou então...

Acho que precisamos jogar o dicionário "normal" no lixo e criar um novo vocabulário.

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quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Tostitas


MaFê:

E quando a pessoa se sente mexida? Percebe que a shakti tá acordando?
Porque isso acontece, né? Uma hora, a bichinha só tem que 'crescer.' Ela fica “shaktada”?
Bichinha = shakti
Sandro:
Hahaha... a pessoa vai ficar é “shokada”? Dá um 220 na pessoa, e ela sai dando tilt?
MaFê:
220 é pouco... Quando acontece, parece que tem que ser com cabo de linha de transmissão.
Corpo quente, vibrando.
Até parece febre. De usar as palmas das mãos pra fritar.
Sandro:
Hahaha! Assim é muitas resistências no caminho da energia, né? Canal não tá preparado pra receber energia intensificada... ou talvez muito conteúdo não purificado nos canais :D
MaFê:
rs! Keep on burning.
Inferior é 'do mal'? É do 1º e 2º chakra?
Sandro:
Tem coisa que a gente não considera "do mal" mas é inferior. Os 1º e 2º chakras não são do mal. São básicos, ligados a sobrevivência, mas não necessariamente do mal!
MaFê:
E o instinto?
Sandro:
Instinto também não é do mal.
Instinto é neutro.
MaFê:
Pode dar um exemplo claro?
Sandro:
Exemplo: Querer “trazer a luz aos inguinorante” pode vir da parte não evoluída, não purificada...
Da parte que quer lutar contra as “inguinorança” do mundo!
Esse é um bom exemplo... nesse desejo, que parece tão “bonito” (trazer a luz..), pode estar embutido orgulho e raiva.
MaFê:
Ah... então... Depois de uns anos de prática espiritual, a pessoa pode passar a não manifestar mais raiva... ou melhor: manifesta, porém não se identifica com a raiva.
Sandro:
Bom... Essa “desindentificação” pode ser porque a pessoa vai e “sobe” junto com a energia... fica lá no chacra superior.
MaFê:
Pode ser...
Sandro:
Mas cuidado que pode estar acontecendo o pandemônio “lá embaixo” (nos chacras inferiores) e ela nem perceber... rs
MaFê:
Mas usamos todos os chacras ao mesmo tempo, certo? A pessoa pode estar vivendo nos chacras superiores, mas ainda assim, completa?
Sandro:
Sim... pode estar bem aterrada no chacra básico, ou então, meio “voando”. Ela se desindentifica dos chacras menores, esquece de fazer comida (sobrevivência), esquece de se defender, levar o lixo pra fora...
Ou então, achar que virou santinha, e receber as ofensas fingindo que não doeu... mas doeu sim: uma hora aparece! hehe.
MaFê:
Mas quando escrevi “identificar” é ficar grudada na raiva...
Passa a hora de enraivecer e você fica lá, reverberando
Mas no “desidentificar”, já foi, já passou!
É nesse sentido. Não grudando, não resistindo, ‘teflonando’.
Sandro:
Isso... "Sobe" até o coronário e fica ali.
Quando fica ali, pode estar explodindo tudo em volta, mas a gente fica imperturbável!
Só precisa lembrar que "todo mundo é espírito de luz, até que pisem no calinho do dedinho do pé"
MaFê:

Olha, nem pisando no dedinho. Quando desidentifica, a gente passa a levar tudo de boa...
Sandro:
Dedinho tudo bem... o “pobrema” é o calinho do dedinho rs
Aquele calinho... ardido, meio de lado...
MaFê:
É mesmo... O cara, por muito menos, partia a criatura no meio com a pexeira... Mas depois de encarnar na prática, aceita muuuuuuuuuito mais provocações, sem se alterar...
Sandro:
Ele está numa espiral superior de evolução em relação a anterior, e daí?
MaFê:
E daí, nada...
Tem de reaprender a usar esse corpo assim com mais energia, shokante-shaktado-tostitas, rs!
Daí que tem que continuar o trabalho de formiga de sempre, né?

Sandro:
Isso :D
MaFê:
Não muda 'nada'
Só a percepção do mundo, o registro agora da pessoa fica mais intenso.

Sandro:
É...
Engraçado né!
MaFê:
Bastante
Sandro:
E tem que continuar seu caminho espiritual.. se não desanda!
E desandado é pior que cru :D
MaFê:
Sim
Desandado, pra ajeitar depois é complicado.

Desandado é causa de rigidez de morte no corpo, na consciência ou desvia/desvirtua a ação...
Sandro:
É... hehe
Depois, pra recomeçar é hiper difícil.


Minutos de reflexão 'póstumos', by Mafê:
* pra mim é desorganicada (sem organização e sem lugar no orgânico) a ação de querer' “trazer a luz aos inguinorante”, querer lutar contra as “inguinorança” do mundo' em vez de simplesmente expressar Amor Incondicional, que é a fração de Luminosidade com que cada um de nós pode se (re)vestir e que tudo pode, tudo sabe, que tem o Poder de sacudir as estrelas.

* Se parece que a Shakti está te zoando, estude este conteúdo.

Pode ser você que esta zoando com ela, :-).

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Enquanto isso..?

Pô, MaFê,

Botar baratinha circulando no blog não pegou legal!
Mesmo porque, em breve, vou postar um novo conteúdo "pegando fogo"!
Aguardem...

Sandro