mal se traduz em ignorância, que pode se manifestar na ausência de curiosidade de conhecer, na dificuldade em lidar com as diferenças, na persistência no equívoco, no fragmento ou no passado. mal dá preguiça e resiste ao movimento, às mudanças.
Sandro: Aquele vídeo do "hamburguer eterno" gerou uma receita absurda. Será que é uma forma legal de conscientizar as pessoas sobre a necessidade de cuidar da alimentação? Todo mundo quer ver curiosidade. E monstruosidade. MaFê: Quer ver a monstruosidade. É o lado 'péssimo' do ser humano em ação. O lado mórbido.
Sandro: Sim... Problema de quem vê :D MaFê: Non. 'Pobrema' de quem estimula também.
Sandro: O cara tá mostrando que não faz bem a saúde. MaFê: Não pelo fato de narrar o fato. Mas não precisa de tanto tempo, nem de ser mui 'esperto' pra saber que não faz bem. É só comer e sentir. Poderia ser menos espetaculoso na hora de 'dramatizar' o vídeo. É nojento guardar um sanduíche no bolso do casaco.
Sandro: Não é verdade. Muita gente tem uma alimentação péssima, relaxada, não percebe que não faz bem. MaFê: Ah, não? Sandro: Não... Eu comia e não percebia, sabia?
MaFê: Claro que não, seu intestino funciona direitinho, seu cocô não é fétido, você dorme bem, sua pressão arterial é de 'moça'. Não dá mesmo pra perceber... “a pele fica maravilhosa”. Por um tempo, é imperceptível que o alimento não faz bem... enquanto vai minando por dentro!
Sandro: Argh!
MaFê: Na real, ninguém para pra pensar que o produto da saída tem a ver com o que entra pela boca. As pessoas se acham caixas pretas. Não precisam ter noção do que acontece dentro. Quando 'quebra', o doutô manda comprar uma caixa mágica com 'pírulas' que consertam tuuuudiiiinhoooooooooooo. Hoje em dia, não sabe porque não quer, porque não quer assumir a responsabilidade por si. Que alienado é bem mais fácil, tudo é 'culpa' dos outros. A pessoa é 'inocentinha'.
Sandro: rs... Verdade!
MaFê: Então... de que lado você está? Se é pra promover o ser humano, vamos fazer isso de modo decente. Quem usa das fraquezas humanas pra ter audiência é manipulador. E manipulador não é bacana! Está usando um caminho do mal pra 'fazer' bem. Não combina. Não há Bem que venha do mal!
Sandro: hmmm Pode ser...
MaFê: Se o cara do hambúrguer eterno não tivesse dramatizado, só tivesse contado que ele guardou os sanduíches e talz, será que teria a mesma audiência? E de mais a mais, o que dá audiência pra uma pessoa não é o que vai dar audiência pra outra! Pode ser que o emissor não esteja na energia daquela audiência... e não saiba lidar com ela.
Sandro: Putz! Verdade... essa balançou a rede sem relar na trave nem no goleiro.
Carma é calma em ‘caipirol’. Calma é equilíbrio na ação. É agilidade. Agilidade é saltar sem perder a leveza e o centro de gravidade. Agilidade é desembaraço, flexibilidade. Agilidade nasce da disponibilidade, da possibilidade de experimentar, da ausência de ranço.
Sandro: Ontem eu dei uma brincada com um simulador de drogas. I-doser.
MaFê: Virjeçanta.
Sandro: rs
MaFê: Deu barato?
Sandro: Até que deu pra ver uns anõezinhos... hehehe
MaFê: risos!
Sandro: Os caras vendem os arquivos digitais como se fosse droga mesmo. Cada arquivo tem três "doses", ou seja, dá pra ser executado só 3 vezes.
MaFê: afffff! Mundo estranho s. a.
Sandro: rs. Um cara tava papagueando no iorgut que "tomou" a dose mais forte do programa, e dançou pelado em cima do telhado...
MaFê: Sei!
Sandro: Tudo bem, porque o Yogananda conta no livro dele que conheceu um yogue que também dançava pelado em cima do telhado! Era chamado “O Bêbado de Deus”.
MaFê: O yogue dançava porque queria, e assumia. E o moço 'drogado'?
Sandro: Segundo ele conta, foi tirado do telhado puxado pela orelha por seus pais!
MaFê: Tudo está dentro, né? Só falta assumir.
Sandro: Sim... O programa é apenas um gerador de ondas binaurais.
MaFê: Então, é que nem tomar um porre e jogar a culpa no vinho. Muda a m*rda mas as moscas continuam as mesmas!
Sandro: O programa apenas muda a freqüência das ondas cerebrais, o resto é auto-sugestão!
MaFê: Entendido. Meditaçãozinha pra quê, némesmo, dá muuuiiiiiiiiiiiiiiitooooooooooooooo trabaaalhooooooo!
Sandro: No meu caso, renovou meu interesse pela meditação. Serviu pra sacar algumas coisas.
MaFê: hummm. Que coisas?
Sandro: Eu estava com "saudade" de alguns estados mentais que alcançava na meditação a muito custo... Mas andava com medo de meditar.... Porque quando a gente medita, entra em contato com a luz e com a sombra também.
MaFê: É que a meditação 'é acontecida'. Você não controla a meditação: ela acontece. Qual o pobrema da sombra?
Sandro: Dá medo ué. As coisas foram parar lá (na sombra) por algum motivo haha!
MaFê: Medo de você mesmo? hummmm.
Sandro: No fim, de tudo que a gente tem medo, é da gente mesmo! Porque somos os causadores de tudo, responsáveis pelo nosso destino, certo?
MaFê: É, sim :) Em geral se canta um mantra 3 vezes (o pranava, por exemplo) A 1ª para aos nossos inimigos (não aquela pessoa que empata ou azeda a sua vida, mas para a parte de você que te corrói por baixo do chão sob os pés).
Sandro: No fim, percebi que esse medo é uma grande bobagem! Temos é que integrar esses estados alterados na nossa vida comum, senão não serve pra nada.
Sandro: Essa integração só se consegue com a meditação e auto-estudo. Outro dia, no curso, a professora tava brincando que esses cursinhos de "se torne um vitorioso em um fim de semana", são na verdade "como gerar um bipolar em dois dias"!
MaFê: Isso!
Sandro: Sim.
MaFê: Falamos sobre isso no meu curso de yoga, no final de semana. Sobre os gunas, sobre corpo cada vez mais tamásico, mente cada vez mais rajásica.
Sandro: O cara fica "alto" enquanto tá no curso ("você é um vencedor!"), mas depois, não sabe integrar na vida comum, e se deprime!
MaFê: E que isso pode dar em esquizofrenia ou esquizóidice, bipolaridade.
Sandro: Será? Geralmente, o cara volta do curso, vê que não consegue fazer tudo aquilo na “vida real" e esquece. Fala que o curso foi "bobagem".
MaFê: Essa coisa do curso é uma falta de responsabilidade. Não estou falando de cursos, mas sim do que está rolando no mundo. Corpo cada vez mais massudo, mais sedentário. Mente cada vez mais acelerada, estimulada.
Sandro: Acho que o problema é o estímulo "vindo de fora" e não "vindo de dentro".
MaFê: Tem ambos, Sandro. Um não faz sozinho.
Sandro: Estímulo vindo de dentro é motivação.
MaFê: Nem sempre. Seria bom que sempre fosse.
Sandro: Verdade. Motivação do Eu Verdadeiro e não das obrigações impostas, "tem quês"...
MaFê: Entonces. Acontece que fica ruim de filtrar a motivação com tanta obrigação e aí que nego começa a ficar doidon!
Sandro: Verdade...
MaFê: Mas falamos da 'proposta de vida(?)' atual: come, come, come na frente da TV ou do computador.
Sandro: Aí vem uns caras venderem pulsos binaurais por dose... é “dose”? Porque dizer: "tudo está dentro de você! o céu está dentro de você!" não dá dinheiro, e nem ibope!
MaFê: É dose! É o grande circo mundo estranho S. A. É a 'pirula doirada', como eu falo nas aulas de yoga que ministro.
Sandro: Sim, esse programa (i-doser) foi construído em cima de outro (roubaram o código, no começo), sério e gratuito, SBaGen. Só que o SBaGen não fazia sucesso nenhum. O I-doser começou a fazer sucesso porque pegou os programas sérios do sBAgen que quase ninguém queria (meditação, estado theta, propício para estudos, etc) e renomeou com nomes de drogas (marihuana, peyote, etc) e passou a cobrar uma grana pelos arquivos! Aí as pessoas passaram a querer!
MaFê: É o grande circo mesmo, rs. Bem, preciso ir.
Sandro: Pode botar no blog? Aí a gente termina com: "Tudo está dentro de você! O céu está dentro de você! Ore, evolua, trabalhe em si mesmo, medite e encontre"... já que o blog não dá dinheiro nem ibope mesmo!
"Quando falo do anseio por expressar a sua natureza espiritual, a religião organizada raramente é a resposta, especialmente na época de vocês. Mas mesmo no passado, a religião organizada pouco podia realizar. Como a maioria das instituições humanas, ela era afetada pela tendência da humanidade de generalizar e padronizar, de criar regras e dogmas destinados a aplicar-se a todos os seres. Embora isto se aplique a certos tipos óbvios de conduta, relativos ao crime e ao estabelecimento de leis sociais para o bem da comunidade, a espiritualidade do ser humano é uma questão eminentemente pessoal. O crescimento máximo de um ser humano pode basear-se em fatores espirituais e modos de vida e expressão totalmente diferentes daqueles necessários para o máximo crescimento de outra pessoa. A religião organizada não leva isso em conta. Nem tampouco o faz a maioria dos modernos substitutos da religião." Palestra do Guia Pathwork, No. 68
"A expressão da sua própria natureza divina não pode ser encaixada em regras padronizadas, regulamentos e dogmas, não importa quão éticos possam ser. Eles podem somente mostrar a conduta externa correta e nunca a conduta interna correta. Antigamente, a natureza espiritual do homem era freqüentemente obstruída pelas regras gerais do seu credo. Nos tempos atuais, ela é obstruída por novos dogmas, tais como a filosofia de vida materialista. Sempre que o homem se curva às regras da sociedade às custas da repressão de seu próprio desenvolvimento espiritual, sua alma começa a sofrer e a perder a direção." Palestra do Guia Pathwork, No. 68
"Só pode progredir espiritualmente quem se movimenta por si. O tolo, que se serve de formas já prontas de concepções alheias como meio de auxílio, segue seu caminho como que apoiando em muletas, enquanto seus próprios membros sadios permanecem inativos." (Abd-ru-schin, Na introdução da Mensagem do Graal)
Somos apenas pessoas que procuram descobrir o que há por trás de pequenos eventos do cotidiano.
E com alguma sorte, crescer um pouco a partir do que refletimos a respeito.
Seja bem vindo.
"Toda época tem a sua moral dominante, que não deriva nem da religião nem da filosofia, porque a moral é a soma dos preconceitos da
coletividade" (Anatole France)
