segunda-feira, 28 de abril de 2008

O que você pode ver hoje, não é o mesmo que poderá ver amanhã


"Dizem que a história é mais um reflexo do presente que do passado, porque os historiadores tendem a escrever sobre o passado em termos do que a atual geração está disposta a aceitar. O que as pessoas não aceitam, não está escrito, ou pelo menos não foi publicado. À medida que a sociedade muda, mudam também os livros de história. Um exemplo menor é a história dos negros nos Estados Unidos. Antes do movimento pelos direitos civis, a história deles era inexistente. Nada era ensinado nas escolas, ninguém estudava a respeito e para todos os efeitos, não existia tal coisa na mente das pessoas, mesmo as negras. Hoje se sabe que houve muitos negros americanos heróicos e importantes e os livros de história estão sendo reescritos; mas somente porque a sociedade está disposta a olhar nessa direção."
(Serge King, "Magia e cura Kahuna", ed. Madras)

terça-feira, 15 de abril de 2008

Uma "viagem ruim"

Sandro: Uma vez eu viajei com o pessoal do escritório. Programadores, administradores, gerentes, pessoal de marketing... profissões variadas.
MaFê: Conta.
Sandro: Logo de saída, tivemos que negociar certas coisas... Eles deixaram de levar o willian para respeitar os não-fumantes. Também não puderam fumar cigarro normal dentro da casa. E eles eram muito “chegados”
MaFê: Quem?
Sandro: O "chegado" é o cigarrinho. Willian. Os caras chegam, e perguntam "Quem vai levar o willian?", "Você também é amigo do Willian?"
MaFê: Hahaha! Tendi. Só para os "viciniciados".
Sandro: Ia ficar bem fedorento! Ainda bem que ninguém levou.
MaFê: Não levou e ninguém morreu, né?
Sandro: Do que eu lembro da faculdade, nenhum colega da turma do “chegado” conseguiu terminar. Todos ficaram no meio do caminho.
MaFê: É, fica mesmo. Fica marcha lenta.
Sandro: Fala até mais devagaaaaaaaaar.
MaFê: E a viagem para a chácara não deixou de ser boa, porque o willian ficou em casa, némesmo?
Sandro: Eles se divertiram bastante....
MaFê: Ninguém azedou, prova de que tudo pode acontecer sem alterações externas. A bioquímica está dentro da nossa cabeça.
Sandro: Na verdade, quando eu cheguei lá, descobri que não tinha muita coisa pra fazer, a não ser sentar, se entupir de carne e tomar cerveja. Fiquei entediado!
MaFê: A viagem foi pra onde? Não tinha trilha, tava chovendo? Nossa, acho meio impossível ficar entediada, rs
Sandro: Uma chácara. Na verdade, uma casa com quintal bem grande. Só tinha as trilhas dos caracóis no jardim rs
MaFê: No entorno, não tinha nada? Nem um cavalinho, nenhum vizinho, nada?
Sandro: Não.... era um quarteirão comum. A única diversão era realmente, se entupir de churrasco e tomar cerveja. Durante 3 dias!
MaFê: Não tinha artesão por ali? Nenhuma figura pitoresca na cidade? Nenhum morango?
Sandro: rs... Só tinha milhares de casas e ruas iguais :)
MaFê: Ampf!
Sandro: Quando chegamos, a gente até teve dificuldade de achar o lugar hehe! Até o nome das ruas era parecido.
MaFê: Eu não imagino sair de Sampa só pra comer churrasco e tomar cerveja... Tem tanto rodízio de churrasco por aí, pra que tanto trabalho?
Sandro: Eles até levaram um barril industrial de cerveja. Do tipo vedado à venda direta pra consumidor!
MaFê: E?
Sandro: Tomaram tudo.
MaFê: Tudo é quanto?
Sandro: Daqueles de 100 litros! Um porta-malas de caravan inteiro. Do modelo wagon.
MaFê: E qual é a graça desse barril?
Sandro: É que esse barril dá pra adaptar o motorzinho elétrico. Pra num ter que bombar o chopps.
MaFê: Humm, isso é até interessante. Que tem gente que num bomba certo, vem aquele shampoo no copo. Só espuma! rs
Sandro: É que o pessoal ficou tão torto, que não teria força pra bombar! Só esse motorzinho saiu R$300,00.
MaFê: creda!
Sandro: O barril mais as garrafas, deu uns 20 litros por pessoa! E secaram tudo!
MaFê: Vai gostar de chopps assim lá na casa do pastel.
Sandro: Os meus colegas de trampo eram profissionais :)
MaFê: Era profissional da embebedagem, rá!
Sandro: E o churrasco dava pra montar dois bois... ocupou duas geladeiras e mais uma caixa de gelo que sobrou.
MaFê: Quantas pessoas nesta orgia de carne e chopps?
Sandro: Umas seis fixas, e mais umas 4 esporádicas.
MaFê: Quantos dias?
Sandro: Dois!
MaFê: Não enjoa, comer sempre igual?
Sandro: Pois comeram...! E ficaram falando e comendo... falando e comendo... Falando bobagem em voz alta todos juntos, ao mesmo tempo, tempo todo... 24h por dia. Sem descanso para a boca!
MaFê: Pode ser terapêutico. Sai o lixo da cabeça por verborragia, rs
Sandro: Acho que sim :) Mas chegou no fim do domingo, a minha cabeça tava estourando :)
MaFê: Seu ouvido virou penico? Seu fígado virou lixeira?
Sandro: Eu tentei dormir com dois travesseiros em cada orelha... E amarrei uma fita em volta deles.
MaFê: Eles eram seres roncadores?
Sandro: Não... quem dera! Falatório 24h por dia, lembra?
MaFê: Ah, sim. Revezamento...
Sandro: Sem revezamento, nada! Full time! 24/2.
MaFê: Sem dormir??
Sandro: Eu fui o único que -tentou- dormir, e o pessoal achou isso bem estranho!
MaFê: Afe, parece viagem de coro, que o pessoal não consegue ficar em silêncio, tem que estar sempre cantando alguma coisa!
Sandro: E a churrasqueira não apagou. Comeram churrasco o dia inteiro, de madrugada, até no
café da manhã! Olimpíada do churrasco.
MaFê: Creda, que over!
Sandro: E isso é tão normal! Grupo de colegas de trabalho que vão para o fim de semana “curtir a natureza”!
MaFê: Tá...
Sandro: risos!
MaFê: A natureza para mim fica em outro planeta que não esse!

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Teorês psicológico e prática corporal

MaFê: Psicóloga[o] é tudo complicada[o]. Não conheço um[a] que fora do consultório, funcione direto. Por essas é que sou muito mais yogues.

Sandro: Heheh!

MaFê: O Freud era piradão. O Jung era piradão, fez a amante e a esposa conviverem na mesma casa.


Sandro: Essa eu não sabia!

MaFê: É, tem mais. Depois ele abandonou a amante e ela se matou. O Freud vem com aquela conversa mole que mulher tem inveja do pinto. Ele é que tinha medo da fenda. Homem tem falo, mulher tem fenda. Sutis diferenças. Precisa invejar ou ter medo?


Sandro: Quem sabe, existam as duas coisas...

MaFê: A inveja e o medo?


Sandro: Isso.

MaFê: É cultural. Que nem ódio. A gente vai cultivando, cultuando.


Sandro: Bom... Reich acreditava que a Yoga era um mecanismo repressor da sociedade indiana. E que o nirvana era uma negação do prazer sexual!

MaFê: Hummm!


Sandro: risos...

MaFê: No caminho do nirvana, o que acontece é que o corpo fica ultra receptivo, e o orgasminho vira osgasmão. Por acaso ele praticou Yoga ou deu pitaco olhando de fora?


Sandro: Pois é... Mesmo os pesquisadores têm preconceito e podem criticar o que não conhecem!

MaFê: O que rola é que você pode, com o tempo, se fartar das sensações, hipersensações, e as deixar de lado. Todas as sensações.


Sandro: Sim.

MaFê: O glutão passa a comer o necessário pra viver. E passa a deixar de ser suscetível aos prazeres do paladar. É uma liberdade.


Sandro: Você conhece a teoria de Reich?

MaFê: Mais por conta da Bioenergética. Muita teoria me parece tatear no escuro. Os caminhos do corpo são bem mais efetivos. O que fiz em 3 semanas de BMC, não fiz em todas as minhas sessões de terapia. As fichas que caem pelo toque no corpo, caem mais rápido, com mais eficiência e permanência. Já tou começando a achar a maior perda de tempo fazer terapia. Ou que quem vai pra terapia, não quer resolver logo, talvez nem queira resolver.


Sandro: Muito marcial você!

MaFê: Marcial uma ova. Tou falando por experiência própria.


Sandro: Eu também fiz terapia, e acho que dá para resolver um monte de coisa, crescer bastante, modificar coisas em espaços curtos de tempo.

MaFê: Não tou falando que eu não aprendi, nem resolvi. Só tou falando que pelo corpo, é rápido, líquido e certo.


Sandro: Isso é verdade. Depende muito da entrega.

MaFê: O corpo sabe. Se você alinha corpo-emoção-mente, acabou o dilema. Ou o trilema!


Sandro: E o que é exterior ao corpo? A relação com os outros?

MaFê: Se você fica alinhado, todas as relações verdadeiras melhoram.

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sexta-feira, 4 de abril de 2008

Entrando 'numas'... Tem que 'baixá o topete aí'!

Sandro: Se a pessoa se coloca, dá sugestão, opina, e não se intimida pela ameaça, começa a se tornar um "problema" pra alguns!
Esses 'alguns' se incomodam com pessoas assim!
MaFê: E como... Isso incomoda muito, gente ereta, que tem o eixo.
O eixo de gente ereta é presente, dá uma outra presença quem está organizado corporalmente. Isso também incomoda.

Sandro: Estava falando no âmbito mais completo.
MaFê: No todo?
Sandro: É... modo de se portar, também.
MaFê: Mas o eixo presente, o corpo oganizado é um bruta indício de alguém equilibrado, o que hoje em dia pode significar uma fortaleza inexpugnável.
E alguém que não engole qualquer coisa!

Sandro: E um chefe inseguro vai fazer o que com uma pessoa dessas??
MaFê: Vai pular pela janela, vai querer te estrangular, vai dar um "piti".
Sandro: Mas não vai adiantar! E como não adianta, ele vai dizer que essa pessoa é "impossível"! (Aliás, já viu que muitos pais se comportam exatamente assim e dizem a mesma coisa de seus filhos?)
MaFê: Ou, depois de ter esbravejado, xingado o funcionário, o chefe diz a ele que é "a pessoa mais mal-educada que já passou pela empresa"?
Sandro: Ele, o chefe, né? haha.
MaFê: Então, a pessoa fala firme, é forte em seus argumentos (mas não grita), o povo acha que ela é grossa.
Sandro: Se você fala firme, você está apenas se colocando. Quem se ofende, são as pessoas que foram criadas no esquema "obedeça sem discutir"! (Na verdade, sem se colocar...)
MaFê: É, pra você ver. Não dá pra 'entrar numas' com os outros.
O que dá é pra tentar separar o que é seu do que é dos outros. E cuidar do que é seu.

Sandro: Não adianta ficar se fazendo de subserviente e cordial para a outra pessoa se sentir mais segura.
Mas às vezes, fazemos isso, meio que inconscientemente, achando que só assim vão nos aceitar...
MaFê: Hum, isso é bom de perceber.
Sandro: Aí, na prática, é logico que essa máscara não se mantém.
MaFê: Devemos "manter um padrão". Ser natural, se posicionar, conversar de igual pra igual, assim como falamos com todo mundo.
Sandro: Aí esse chefe estranha.... rs "O que ele pensa que é? quer virar chefe?"
MaFê: Hahahahaaaa! Só chefe inseguro. Numa equipe, é muito bom conversar de igual pra igual.
Sandro: Mas tem gente que se incomoda. Piora se o subordinado estiver certo sobre algo!
MaFê: É. É que tem o mito da infalibilidade.
Sandro: Desde o Papa, toda autoridade não pode falhar!
E vêm tio, pai, mãe, todo mundo em cima: "Abaixa esse topete!", que tem que falar com o chefe de cabeça baixa, senão, não arruma emprego.
MaFê: Não, não!
Sandro: Ou que você tem que entrar na sala do chefe de mansinho, todo encolhido.
E quando o chefe grita, ficar quietinho e engolir.
Aceitar até um palavrãozinho de vez em quando, pra manter o emprego.
MaFê: Gritar?Imagina. Que falta de respeito! Nossa.
Sandro: Tem gente que foi criada assim.
MaFê: Não, não... Estou sem palavras.
Sandro: Se você não aceita o palavrãozinho de vez em quando, eles falam que você é orgulhoso, que quem é assim a vida ensina, etc etc.
MaFê: A vida ensina quem é mole, quem não tem caráter, quem não tem espinha.
Quem é de bem, vai aprender com seu erros e acertos, com as trocas com os que o querem bem.

Sandro: Verdade!
MaFê: Nem bicho aprende mais na porrada!
Sandro: Saber o que dizer, quando dizer, porque dizer e como dizer, para a pessoa certa, isso é liberdade!
MaFê: É, liberdade é bom. Sua vida é sua.
Suas escolhas, seus riscos. Só escolher correr os riscos que você pode bancar.

Sandro: sim... Aprendendo a viver.
Soltando os outros, é como se soltasse um bloco de concreto dos ombros.

Partes: I, II, III, IV, V, VI

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Entrar 'numas'... Tem que ter 'ulmildade com nóis'!

Sandro: Que nem quando eu fiz sessões de alongamento e consciência corporal. O pessoal saiu com o corpo emprumado (arrumado) das sessões. Todo mundo alongado.
MaFê: É, fica ótimo. E todo mundo que está amarfanhado fica achando que você ficou "mitido".
Sandro: É mesmo! Como sabe? Muuuita gente comentou que os amigos acharam eles metidos!
MaFê: Isso! Haha!
Sandro: Ahahhahhahahhaaaa!!
MaFê: Esse povo num sabe das coisas!
Sandro: A pessoa foi alongada pra casa, pra trabalhar... e os outros: "o que aconteceu, que voce tá todo empolado hoje"
MaFê: É, e piora muito se você entra numas de explicar.
Sandro: Hahaha!
MaFê: Tá fora do universo das pessoas. Geralmente a explicação gasta muito tempo!
Sandro: Em alguns lugares esse negócio de "tá mitido hoje" pode ser problema. No escritório, por exemplo. Em alguns lugares mais atrasados, tem gente que espera alguém aparentemente mais submisso e passivo para trabalhar ali.
MaFê: É... Em todo lugar meio que é assim. Só em escola de dança que pode ser alongado que é bom, rs!

Partes: I, II, III, IV, V, VI

Entrar 'numas'... Tem que se 'misturá com nóis'!

Sandro: Alguma vez alguém já te disse: "Você se coloca lá em cima, distante dos mortais"?
MaFê: Nossa, essa é difícil também. Pensa, você se coloca acima?
Sandro: Eu não me coloco acima, mas já ouvi isso.
MaFê: Uma amigona minha decifrou o enigma: ela diz que quando você é uma pessoa altiva (e isso é lindo), as pessoas não sabem a diferença que existe entre a altivez e a arrogância. Aí eu comecei a observar melhor.
Sandro: Eu entendo...
MaFê: As pessoas que dizem isso, são as que se sentem inferiores e fazem joguinhos para (tentar) humilhar os outros.
Sandro: Tipo: a "tchurma", a galera, "nóis aqui da reba", faz uma fofoquinha contra o chefe pra aliviar a tensão. E tem um nego(a) por perto que não ri, não participa da fofoca!
MaFê: Iça! E aí o nego é "mitido".
Sandro: Incrível..!
MaFê: Nem tudo o que alguém fala pra você, tá falando pra você, deveras. Por vezes, a pessoa está tentando resolver um conflito interno, porque você manifesta uma qualidade que ela almeja (e então você é "mitido") ou, porque você tem a desfaçatez de exibir um defeito que ela esconde bem escondido!
Sandro: E usam a tática do "você se acha superior" porque parece que pega mal pro "você".
MaFê: Eu já nem ouço mais essa baboseira. Começou esse papo, eu desligo a audição. Ou vou embora. Ou respondo: "é, eu sou a rainha". Hahahaha!
Sandro: risos! Resolve bem a parada. Como na linguagem coloquial: se o cara tá em outra, os amigos chegam e perguntam "e ai, você nem conversa mais com os pobres"....
MaFê: É! Hahahhaa! Uma coisa de auto estima baixa. Se aparece alguém com auto estima alta...
Sandro: ...No grupo? Num pode! Todo mundo tem que ser coitadinho, sujinho, pobrinho feinho.


Obs: A prova de que as pessoas confundem as coisas é a definição da palavra altivo no dicionário Aurélio:

altivo
[De alto2 + -ivo.]
Adjetivo.
1.Elevado, alto.
2.Nobre, elevado, brioso, digno, ilustre.
3.Arrogante, orgulhoso, presunçoso.

Obviamente, as definições que vêm primeiro são mais importantes, mas a terceira definição revoga as duas primeiras, pois não é possível termos algo digno e presunçoso ao mesmo tempo. Isso mostra como as palavras da nossa linguagem podem ser contraditórias em si mesmas.

Partes: I, II, III, IV, V, VI

Entrar 'numas'... Tem que ser o 'rei da galera'!

Sandro: Tem gente que acha que deve ter muuuitos amigos, senão não é válido socialmente. Mas putz! Eu tenho poucos!
MaFê: Eu também. Amigos, mesmo, são poucos.
Sandro: Seu iorkuti é mais cheio que o meu :)
MaFê: A turma da farofa é gigante!
Sandro: rs!
MaFê: Não dá pra se medir pelo número de amigos. Não é isso que conta. Tem gente que tem um monte de amigos mas não constrói um relacionamento de troca, é tudo superficial.
Sandro: É mesmo hehe.

Partes: I, II, III, IV, V, VI

Entrar 'numas'... Tem que ser 'o baladeiro'!

Sandro: Eu acho dá pra ser sociável mas não curtir ficar muito tempo em balada!
MaFê: E nem onde tem gente fumando e falando amenidade. Quando a conversa é sobre amenidade, ainda vai, mas quando é boçalidade, difíííícillll!
Sandro: É, essa é difícil mesmo.
MaFê: Esse mundo está ficando mesmo muito estranho! Amenidade, eu topo até umas duas horas, três, se eu gostar das pessoas. boçalidade, só uns 10 minutos!
Sandro: Vixe, boçalidade, nem 3 segundos!
MaFê: haha!
Sandro: Mas tem gente que acha isso (não curtir balada) a coisa mais estranha do mundo. rs É sério. Conheço um monte de gente assim.
MaFê: Estranho, por que?
Sandro: Porque "o certo é ser baladeiro, senão você não está curtindo a vida"
MaFê: Ahahahahahahahaaaa! Ir pra balada e "pegar todas"? Affff....
Sandro: Pra não ser "o mané que fica em casa no sábado a noite... "
MaFê: Essa estória de não ir pra balada e "ser mané" é lenda urbana, de quem confunde ficar em casa com solidão e não ser sociável. Tem o contrário, o cara que faz mil coisas pra fugir de si mesmo.
Sandro:
Conheço carinha traumatizado com isso, hehe. Maior medo de "ficar sozinho".
MaFê: Na balada, você raramente conhece gente bacana. é só gente a fins de pegação. Sempre foi e acho que vai continuar sendo.
Sandro: Mas você pode ir para se divertir... se tiver cabeça boa.
MaFê: Eu ia pra balada porque eu gosto de dançar.
Sandro: Acho que o problema é que muitas pessoas consideram a troca de amenidades como "a base do relacionamento social"!

Partes: I, II, III, IV, V, VI

Entrar 'numas'... Tem que agendar ligação!

Sandro: Tem mulher que reclama quando o homem é mais fechado. Quer acabar o namoro, diz que ele é "muito afastado das pessoas".
MaFê: Afastado? Um certo jeito "inglês"? Tipo distante? Um tanto blasée?
Sandro: É, eu acho que sim... mas elas consideram mais pra "ermitão". rs
MaFê: Tem gente que demora um pouquinho pra "esquentar" as emoções. As demonstrações de afeto. Mas não é pecado. Pior é gente que demora pra esquentar o cérebro.
Sandro: Hoje parece que tem um lance de um certo oba-oba, demonstrações de afeto são consideradas up-to-date. Tem que abraçar na rua, fazer escândalo para todo mundo ver! Mesmo se for joguinho de intereses.
MaFê: Creda!
Sandro: Tem um monte de mulher que fica cobrando companhia do cara. Mas às vezes, a pessoa tem necessidade de ficar sozinha.
MaFê: Mas isso não é pecado, também. Não precisa ser namoro lata de lixo, todo dia na porta...
Precisar de solidão, é bom.
Sandro: Tem mulher que acha isso incompreensivel!
MaFê: É, acontece.
Sandro: Aí as amigas chegam e acham um absurdo namorado ficar um dia sem ligar. Ou vice-versa. Tem que agendar ligação, senão, não tá amando, não liga, não gosta de verdade...
MaFê: Credo. Imagina! Depois eu é que sou antiquada! Gente, cê passa uma boa parte da vida sem nem saber que a pessoa existe e depois tem de virar xipófago emocional? Nossa! As mina de hoje tem 'pobrema'! :D
Sandro: risos.
MaFê: Qual o problema de, por exemplo, a namorada ir para uma festa sem o namorado e vice-versa? (A mesma coisa com marido/esposa, etc.) Se por exemplo, ela tem um monte de amigos, e todos eles fazem aniversário, hehe, todo fim de semana?
Sandro:Ele não é obrigado a ir, uai! E vice-versa.
MaFê: Um amiguinho virtual reclama de coisa parecida. Reclama de uma certa falta de flexibilidade, de ter de seguir um modelo "Muderno".
Sandro: E tem aquela história. As pessoas se assustam com esse "descolamento", e vem te dizer que se você não "se abrir" mais (isto é, ser "como os outros"), vai ficar velhinho e sozinho!
MaFê: Creda! Não vai não. Já ouvi miríades de maldições! "Quem raspa a panela num casa", "Quem tem gênio difícil, num casa", que mulher inteligente, é muita areia(essa é uó!!) e muita areia num casa... e daí?
Sandro: É.... e daí.

Partes: I, II, III, IV, V, VI

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