Hoje mudei algumas coisas de lugar. Desmontei algo. Arrumei outras coisas.
A cabeça se arruma também, por extensão.
Tira o pó e as teias de aranha dos pensamentos. Tudo o que estava estagnado se dinamiza e as coisas se transformam e adquirem novo valor ao tomarem novo rumo e nova utilidade.
Por Sandro Friedland
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Essa questão da evolução não-linear poderia explicar porque certas pessoas, tão avançadas em algumas áreas, não o são em outras, até chegando a
nos surpreender.
Dizem que a evolução do espírito é como um subir de escadas.
Acho que subimos várias escadas ao mesmo tempo, que lembram mais aquelas escadas caracol que vemos em prédios antigos. Ou seja, não existe linearidade no Universo como estamos acostumados a pensar.
E sim, a evolução(se é que podemos chamar de evolução, eu prefiro chamar de Realização) segue padrões em espiral, só que em várias dimensões - isso porque somos seres multidimensionais - possuímos 7 corpos principais, etc. e atualizamos todos ao mesmo tempo. Inclusive em dimensões acima da tridimensional.
Então o desenho que melhor ilustraria isso bidimensionalmente são o dos fractais. Infinitas espirais partindo de um mesmo ponto, progredindo infinitamente. Agora, com a imaginação, saia do papel e imagine essas espirais partindo para várias dimensões diferentes. Acho que essa seria a figura que mais se aproxima.
Por coincidência (?) tenho aqui na minha frente o livro do Frutiger, "Sinais e Símbolos", que trata-se de coletâneas de símbolos que se assemelham em várias culturas, analisados do ponto de vista semiótico.
Por exemplo, um dos sinais mais bonitos é o símbolo celta para a vida, que se compõe de três segmentos espiralados. Curiosamente, esse fenômeno de extremidades retorcidas repetem-se em vários símbolos de outras culturas, sempre com significados relacionados à vida, prosperidade, crescimento, etc.
Entretanto, a visão linear não está 'errada' realmente. Acredito que oriunda da nossa limitação tridimensional de ver as coisas.
Por exemplo, se você pegar uma espiral (três dimensões), e vê-la em duas dimensões, a figura resultante parecerá uma senóide. Em apenas uma dimensão(vista de cima), esta senóide parecerá uma linha reta! Se olharmos a espiral de frente, veremos um círculo.
Espiral, senóide, reta, círculo - símbolos não por acaso altamente expressivos e utilizados na linguagem exotérica.
Por Sandro Friedland
Realmente eu nunca entendi essa coisa de acharem alguém 'mais evoluído' ou 'menos evoluído'.
Pessoalmente não acredito em uma evolução em linha reta, onde estaríamos todos correndo como em uma maratona para atravessar a linha de chegada e conquistar a vitória (o paraíso, nirvana, etc).
Se cada pessoa é um Universo em Formação, como dá para dizer que alguém é mais ou menos evoluído que outro? Como comparar dois Universos?
Acredito sim, em atualização das (infinitas) potencialidades divinas que estariam em nós desde o início dos tempos, em estado latente.
Aliás, podemos observar isso quando reencarnamos. Repetimos todo o processo, visando aprender mais coisas. A fase de desenvolvimento uterina é linear e obrigatória. Mas a partir do momento que começarmos a respirar no planeta, cada um passa por experiências muitíssimo diferentes, daí que é muito difícil julgar o outro pela nossa cabeça.
O espírito reencarnante passa por todo o processo de desenvolvimento que ele já havia passado na natureza, desde a célula-ovo única, passando pelo feto até o bebê.
E depois, tem que aprender a comer, a andar, falar,etc. E depois o mandam para a escola, onde ele irá reaprender uma série de conhecimentos que ele já adquiriu em outras experiências no planeta. (O que por sinal, é muuuito chato! :)
Será que dá para dizer que um irmão mais velho, que está numa série superior, é 'mais evoluído' que aquele mais novo, que está numa série
anterior? Ora, a diferença é apenas o tempo maior de vida do primeiro. Espera-se mais alguns anos, e o irmão menor estará naquela série também.
Na verdade, esse exemplo é apenas ilustrativo, pois a escola ainda é muito linear, e não respeita de verdade a capacidade e a individualidade dos alunos. Na maioria delas não é possível substituir as aulas de artes plásticas por música, por exemplo. Mas poderíamos assumir que estes irmãos poderiam se desenvolver de outras formas. Brincando de policial, de bombeiro, de 'casinha' etc. Ajudando os pais na cozinha, ajudando os vizinhos, vendendo alguma coisa... Com isso vão crescendo...
Um irmão vai aprender a fazer artesanato, outro irmão filosofia o terceiro a lidar com o dinheiro, etc. Quem é o mais importante? Quem pode julgar? Como podemos saber que tipo de experiências cada um deve passar, com que tipo de energias devem tomar contato, com que ou quem devem se relacionar para o seu aprendizado?
Se demandamos ao Infinito, temos infinitas possibilidades.
Por Sandro Friedland
Fé para mim é um sentido superior, parente direta da Intuição.
Quando temos Fé verdadeira, não precisamos acreditar em nada. Simplesmente sabemos que é assim. Uma certeza interior.
É diferente do fanatismo. Quando estamos fanáticos, só pensamos naquilo que queremos acreditar. Achamos que conhecemos intelectualmente tal assunto, tal deus, tal religião, etc. E é aquilo e pronto. Ninguém pode nos fazer mudar de opinião! Pelo contrário, sentimos a necessidade de converter e convencer cada vez mais pessoas de que estamos certos, pois a nossa crença (apenas intelectual) é frágil, e necessita se afirmar constantemente (através do outro) para fazer com que continuemos acreditando. É assim que se iniciam as guerras, certo? A luta do "bem" contra o (eixo) "do mal", lembram?
Já a verdadeira Fé se manifesta como um calor interno, um preenchimento no peito, uma tranquiidade e uma certeza interior, que nos faz preenchidos, e por isso, não precisamos brigar nem convencencer ninguém, afinal, já estarmos completos.
E a Fé é flexível. Como está separada do intelecto, sabemos que este (intelecto) falha, mas a intuição não. Mas para expressarmos a nossa intuição em palavras, necessitamos do intelecto para "botar ordem" nos pensamentos.
E assim, cada vez mais, iremos tentar expressar e compreender a nossa Fé, com a ajuda de outras pessoas. Seja aprendendo, ensinando, discutindo, ajudando. E como sabemos que somos todos interdependentes, não há intolerância. Mesmo tendo credos diferentes, ainda podemos compartilhar da mesma Fé (isso parece paradoxal, mas não absurdo).
Opiniões diferentes, que advém da troca entre as pessoas, apenas servem para enriquecer a nossa Fé - mesmo que seja para questioná-la. De qualquer modo, a Fé sempre sai fortalecida. Sempre sai vitoriosa. Porque a Fé vem de Deus. Não está no domínio dos homens. Está no homem, mas não é "invenção" nossa. Vêm de um domínio Maior. É por isso das idéias de Gurdjieff, de que deveríamos alcançar a Fé guardada em centros superiores do homem, como uma jóia num cofre aberto e ao alcance da mão.
Por Sandro Friedland
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+ Issac Efraim
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