sexta-feira, 27 de junho de 2008

Louco da Vida


"Meu filho, bem-aventurado é o homem que conhece essa loucura. O universo inteiro é louco; alguns são loucos de riquezas, outros de prazeres, outros de glória, outros de cem outras coisas. São loucos de coisas insignificantes, mas nunca loucos de Deus[...]"
(Bhairavi Brahmani a Sri Ramakrishna, assegurando a ele que havia transposto as etapas mais difíceis e mais altas do Sadhana (busca espiritual), quando indagada se suas experiências eram sintomas de loucura.)

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Sapos e espelhos


MaFê: Em todo lugar onde forme um grupo de pessoas, tem sempre alguns 'acho que senti um cheirinho'...
Mas eu não tenho me incomodado com isso.
Assumi que eu não preciso ser bacana pra todo mundo. E que todo mundo não precisa sem bacana comigo.

Sandro: Cheirinho? Falta de “rexona” rs?

MaFê: Non! Sabe aquela cara de “acho que senti um cheirinho”, quando não existe cheirinho nenhum?
(“cara de acho que senti um cheirinho” = não me toques)
E nem ligo.

Sandro: Tendi...

MaFê: Tem gente que chega, beija todo mundo e não me beija, por vezes mal dá bom dia...
Antes eu ligava. Agora, eu cumprimento com delicadeza e fico na minha.
E pessoa fica muito desconcertada...

Sandro: Sei lá. Às vezes não é por mal. A pessoa fica intimidada de cumprimentar.

MaFê: A pessoa fica muito desconcertada. Não é intimidação, não. É outra coisa.

Sandro: Uma vez, trabalhei num lugar, que uma garota da outra sala dava uma olhada para dentro da minha e falava: "ah, não chegou ninguém legal ainda!" hahaha

MaFê: E? Bem, são 2 pessoas num universo de cerca de 40 ou 50 pessoas. Tem os tímidos, é diferente. Mas, deixa pra lá. O importante é que eu estou em mim.

Sandro: Bom... está numa margem boa... rs. 95% de aprovação... bem popular! hahaha!

MaFê: Não disse isso. Estou feliz que me dou bem com os amigos 'íntimos', aqueles com quem dividimos a jornada.
E que tenho conversas boas com algumas pessoas.
Independente de como eu me vejo, tem como os outros me vêem pelo reflexo do espelho deles.

Sandro: Sim... claro.

MaFê: Dá pra ver que tem uns espelhos meio sujinhos, outros torcidos,

Sandro: Isso é uma coisa que foge do nosso controle!

MaFê: Porém, o espelho que me interessa é o meu.
Aliás, o que interessa é largar de olhar o mundo através do espelho e usar os olhos mesmo.

Sandro: Ééééé!

MaFê: Sim, foge do nosso controle. Mas antes isso doía, fugir do meu controle.
Agora, eu não ligo mais. Pode fugir do controle o quanto quiser.
Azar da pessoa.
Porque eu estou aqui, largada do espelho.
'Descontrolada'. Sem cordinhas pra puxar.

Sandro: Na verdade percebo que entre duas pessoas pode haver um monte de barreiras imaginárias...

MaFê: E uma pessoa sozinha pode providenciar todo o um monte!

Sandro: Pode... Ou ela pode estar espelhando algumas barreiras inconscientes suas...

MaFê: Sim... ou não!

Sandro: O fato de incomodar pode ser um indício de uma barreira ou medo inconsciente seu.

MaFê: Não incomoda! Isso é que é legal.

Sandro: Ou pode ser: "você é boa demais aí na sua pose né? não ganha beijinho"... hahaha!

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quinta-feira, 19 de junho de 2008

Encafifada

Já consultei minha bola de cristal a cabo, as cartas e os universitários e foi em vão.

Quem varre a calçada com o esguicho usa a vassoura:

( ) para palitar os dentes
( ) para escovar o cabelo
( ) como objeto de decoração que afasta as pessoas indesejadas da casa
( ) para dar um rolê na night da city
( ) t.a.a.
( ) n.a.a.

Postado por MaFê

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terça-feira, 17 de junho de 2008

O fato...

“O fato de milhões de criaturas compartilharem os mesmos vícios não os transformam em virtudes; o fato delas praticarem os mesmos erros não os transformam em verdades e o fato de milhões de criaturas compartilharem a mesma forma de patologia mental não torna estas criaturas mentalmente sadias”. (Erich Fromm)

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Aonde a poesia vai, a explicação tenta ir atrás...



“Seja qual for o caminho que eu escolher, um poeta já passou por ele antes de mim”. (Sigmund Freud)

"Se procurar bem, você acaba encontrando não a explicação (duvidosa) da vida, mas a poesia (inexplicável) da vida." (Carlos Drummond de Andrade)
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Verdade

A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.

Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.

Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
diferentes uma da outra.

Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar. Cada um optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia.

Carlos Drummond de Andrade © Graña Drummond

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