terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Estorinha Manjada

Era uma vez uma cidade, e seus habitantes, dentre eles a Pessoa Falante, a Pessoa Falada e o Padre.
A Pessoa Falante disse o diabo da Pessoa Falada e o diabo falado virou a verdade.
A Pessoa Falada teve até de mudar de cidade.
Um dia, a Pessoa Falante se deu conta que a verdade sobre a Pessoa Falada não era o diabo e foi buscar com o Padre uma forma de atenuar ou consertar a situação.
O Padre mandou a Pessoa Falante comprar um travesseiro de penas e contar todas as penas.
Mandou a Pessoa Falante subir na torre da igreja num dia de vento e soltar o conteúdo do travesseiro.
Mandou a Pessoa Falante recuperar todas as penas.

A Pessoa Falante está buscando as penas até hoje, em busca das que faltam.

MaFê

Marcadores:

domingo, 25 de fevereiro de 2007

Porque algumas pessoas têm raiva de serem tratadas com gentileza?

Sandro: É interessante... Às vezes, a gente cumprimenta os vizinhos, ajuda alguém na rua, trata com gentileza os conhecidos, mas recebe patada em troca! Parece a gente incomoda algumas pessoas só de tentar facilitar a vida delas.
MaFe: Se a gente estiver bem, incomoda só de estar ali, respirando (vivo) ao lado.
Sandro: A gente vai lá, faz um favor, se coloca a disposição para esclarecer dúvidas... a pessoa fica transtornada!
MaFe: É claro...
Sandro: Meio embaraçada...
MaFe: Você mostra que sabe.
Sandro: E na primeira oportunidade, ela dá um jeito de te agredir!
MaFe: Com doidetes, melhor manter distância. Podem morder. Atirar coisas.
Sandro: É... a questão é que parece que esse planeta é habitat dos doidetes!
Quem é educado, respeita os outros, fala baixo, devagar... parece intruso, estranho, heheh
MaFe: É. Pior que é verdade...
Sandro: Quem é assim, geralmente não tem consideração com os outros. Jogam lixo pela janela, fumam em qualquer lugar. Se você reclama, eles te olham como se você fosse 'exótico'.
MaFe: É.
Sandro: Tem uns que até dão risada, e se você for educado, respeitador, eles acham que você é bobo, ou está distante da realidade.
MaFe: Ah... e tem aquelas pessoas invejosas, sabe? Daí tem aquele trem, das pessoas se acharem muito invejadas, que todo mundo sem exceção tem inveja delas... e aí, por precaução, já descem o sarrafo em quem pode oferecer "risco" (por que é mais alta, magra, bonita, esforçada, parece mais nova...)
É muuuiiiiiiiiiiiiitaaaaaaaaaaaaaaaa neura.

Sandro: Que doido...
MaFe: Muito.
Sandro: É muito estranho uma pessoa se ressentir quando é tratada com gentileza.
MaFe: A boca fala o que o coração tá cheio.
Sandro: Deve ser porque não é o jeito que ela está acostumada!
MaFe: Não é isso. Na verdade, as pessoas não pensam: ‘Ah, estou com inveja, estou me sentindo por baixo...’ (por eu ser grosso e o outro gentil). Elas sequer têm noção de que se sentem ameaçadas e que estão previdando (revidando de antemão)!
Sandro: Ela se sente por baixo quando é bem tratada?!?
MaFe: Mas ela não tem noção que se sente por baixo. Ela acha que tudo é ameaça. Ela interpreta a sensação de inferioridade como um ataque seu à pessoa dela.
Sandro: Uau!
MaFe: Elas não percebem. Pensar que o problema é dela é muito sofisticado.... Em geral são pessoas muito rígidas também. Não dá pra conversar. Difícil conviver!
Pior quando todo esse povo se põe de muito tolerante... e além de fazer conluio, fazem fofoca (da versão que eles percebem, claro!)
Sandro: Ficam falando mal da pessoa gentil... Do tipo: “Onde já se viu... quem ele pensa que é?? Ele se acha melhor que os outros?!”

Isso realmente é doido, muito doido demais!!

Marcadores: , , ,

sábado, 17 de fevereiro de 2007

Uau! Essa é ótima! Ciência resolve concordar comigo

Olha a ciência aí corroborando com a minha teoria - explanada no post Qual o seu lugar no bando?

Essa saiu hoje, no Último Segundo, na matéria "Cérebro grande não define cognição, garante estudo":
"O Homo sapiens é apenas um macaco grande. Nosso cérebro não é maior do que o que deveria ser. Dadas as regras que nós descobrimos, o que nós temos de especial em relação aos outros primatas pode ser simplesmente o fato de sermos maiores que eles, com um cérebro proporcionalmente (e não desproporcionalmente, como se achava) grande".

Ou seja, somos macacões proporcionalmente cabeçudos.

E eu já dizia...
Goh-Goh!

Ah, e não se preocupem, não esqueci que prometi postar a parte II de Qual o seu lugar no bando.

Por Sandro Friedland
Link Externo

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Çéquisso, amizade e videoteipes

Que legal que o assunto é çéquisso, amor, atração e amizade... Porque será que temos mania de confundir essas coisas?

O que será que acontece se um homem casado sair para conversar com uma amiga? E se uma mulher casada for ao bar bater papo com um velho amigo...?
Quem estiver por perto, na maior parte das vezes, vai pensar: "hmmm aí tem coisa"

Oras, não são seres humanos adultos que, esperamos, deveriam saber se portar com outras pessoas do sexo aposto que não sejam o seu chamego(a)?

Nos sentimos atraídos por outras pessoas. Isso é saudável, não? Nos sentimos atraídos por pessoas parecidas conosco, mas sobretudo por gente saudável, viva, bem humorada, inteligente, bonita, que tenha idéias interessantes... (há também quem só se sinta atraído por aquilo que o outro tem no banco... mas já é outra história)

Tudo isso é muito tesudo, ué. Idéias tesudas. Papos tesudos. Jeitos de ser tesudos. Pessoas tesudas.

Não é porque se considera alguém tesudo, que obrigatoriamente temos que levá-lo(a) para a cama. Isso é óbvio. Óbvio.

Não sei quem começou a confundir isto, mas me lembra aqueles filmes (bregas) do James Bond, nos quais o protagonista transa com todas as loiras peitudas que sorriem para o tal depois dele dizer 'boa noite'.

Acho que é por causa dessa confusão que muita gente boa se casa e depois vira bunda mole.
A bunda tem que ser mole mesmo, para suportar o (des)conforto do maridão, de ficar o dia inteiro sentado no sofá tomando cerveja e vendo futebol... E a "patroa" de "bóbs", creme verde no rosto, aquelas pantufas horríveis nos pés.

Parece que disseram: "Casamos. Cumprimos nosso papel social. Não precisamos ser mais atraentes". E depois, não se aguentam! Despenca tudo: a bunda, a cabeça, a auto-estima.

Não dá pra casar sem deixar de ser tesudo?

Essa aconteceu há algum tempo com um colega de trabalho:
Foi almoçar com a turma no restaurante por quilo. Na hora de pagar, uma garota do grupo tentou comprar um chocolate, mas percebeu que o seu ticket não daria e desistiu (essa história é do tempo do ticket de papel). Esse meu colega, o próximo da fila, viu isso e comprou o doce.
Já na empresa, alcançou a garota e lhe deu o chocolate. Ao que ela respondeu: "Olha, obrigada, mas eu já sou comprometida"... Hahahá!! A moça era muito bonita, e tinha acabado de ficar noiva. Depois disso, todo mundo do escritório começou a olhar feio para o tal colega, nesta altura já famigerado "comprador de chocolates para mulheres recém-compromissadas"!

Por Sandro Friedland

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Série MM's: o amor é uma coisa que se aprende a (dis)simular

Vamos falar de çéquisso?

Non, vamos falar da atração sexual.

Atração é o que sentimos por gente viva e atraente, cheia de luz.
Pode ser amor, pode ser amizade.
(Pode
azedar e virar inveja... ups!)

Atração sexual é o que a gente percebe que sente por pessoas que manifestam um certo quê, que pode ser traduzido como saúde, fertilidade e disponibilidade para a partida.
O quê inclui lábios carnudos e vermelhos, olhos abertos e pupilas dilatadas, tórax triangular e relação cintura/quadril por volta de 0.9 para os homens, tronco tipo violão e relação cintura/quadril em torno de 0.7 para as mulheres.
Pode incluir seios grandes, sapato de salto alto, óculos escuros, gravatas largas, mas isso não são como as regras biológicas descritas acima, são regras culturais, portanto passíveis de reciclagem.

A maquilagem cotidiana tem o propósito de emular algumas características que fazem uma pessoa parecer saudável, fértil e disposta para a partida.

Além disso, contamos com as "benesses" da tecnologia do vestuário e da escultura de corpos humanos a faca, digo, cirurgia plástica.
A indústria do vestuário inventou calcinhas que aumentam o bumbum, soutiens que aumentam os seios e cuecas que aumentam, como diria, o volume do conjunto escroto+pênis, perfeitos para uma brincadeirinha ou para "corrigir" os defeitos de quem acha que tem tudo isso pequeno, principalmente o bolso.
A cirurgia plástica prospera com a implantação ampla geral e irrestrita de próteses siliconadas, além dos lábios pre-enchidos e a botocada.

E o que anda acontecendo com a realização do desejo?
Será que toda essa gente maquilada/disfarçada por entre as carnes e por cima da pele está assim tão afins de bater um bolão?


MaFê

Marcadores: , ,

Série MM's - Amor é uma coisa que se aprende: o que é vi(vi)sto, ouvi(vi)do, lido

Escuto muita gente falar que não consegue namorado.

Mas que raio de relacionamento é esse que se busca?

Desde que se inaugurou o indivíduo que se auto-inventa, máxima dos ideais burgueses, começou essa ladainha.
Que antes, o cerumano(*) nascia inventado, com o destino traçado, já nascia praticamente empregado (faria o que o pai ou a mãe fazia), inclusive dava pra dizer que já nascia casado (que já havia um pretendente "adequado" escolhido).

Aí, inventaram o amor romântico, aquele que o poeta idealiza a amada, de classe superior e inacessível e onde a amada idealiza o amante poeta.

Hum, que lindo!

No rastro, vieram os romances, as óperas, os ballets de repertório, as novelas, a música (inclusive, a de dormir na pia).

O que parece que não fica claro para a massa expectadora ansiosa por encenar, é que os estereótipos vigentes até hoje foram desenhados a partir da idade Média, tempo conhecido como idade das trevas, tempos de obscurantismo.
A maior parte das estórias de amor são registro do amor naquelas épocas, apenas re-verberadas, e por isso não se encaixam nos tempos atuais.
Um exemplo: a música "Carinhoso" é linda, mas foi o tempo que o cara ficava apenas vendo a moça passar...
(E ia fazer choro depois.)

Para o amor dar certo, temos de ter coragem de vivê-lo em essência, de atualizá-lo.
Enquanto estiver en-caixão-tado, será amor-cadáver.

Ah, também seria melhor admitirmos uma "certa" esquizofrenia, em se tratando de amor, e distinguir amor, sexo e amizade.


cerumano(*) =>aquela pessoa que des-nota que é pessoa, que des-percebe que tem luz própria, que des-conta que pode usar seu lado racional e/ou intuitivo e/ou espiritual e que apenas repete comportamentos de diversos animais na escala filogênica/evolutiva.

Cerumano não arranja namorado mesmo.
Favor flexionar o gênero


MaFê

Marcadores: , ,