Ela é religiosa, mas pode ser muito sensual!
Sandro: E aquela questão do sensual x espiritual?
MaFê: Cuma?
Sandro: Aqueles que dizem que a mulher sensual está "perdida" espiritualmente.
MaFê: ahahahaaaa, não!
Sandro: E a mulher religiosa, está coberta de panos, e é um picolé de xuxu..
Tipo aquelas velhinhas secas na igreja... com cara emburrada...
Percebo que a resposta não deve estar em nenhum dos dois lados.
MaFê: Não.
Sandro: A mulher é muito visada na nossa sociedade e cobrada nesse sentido.
MaFê: E o homem sensual? Não pode falar dele?
Isso é ranço patriarcal.
Sandro: A mesma coisa para o homem, claro. Falando da sensualidade, abrange ambos os sexos.
MaFê: A resposta é se realizar.
Quer seja carola, que eu conheço velhinha carola que tá feliz da vida. Quer não.
Sandro: Tem um lance social de demonização da sensualidade.
MaFê: Existe um problema em expressar sensualidade.
Sandro, hoje sensualidade é praticamente balançar o bundão, para ambos os sexos.
Sensualidade tem a ver com sensorial, não somente sexual.
A "perdição" começa aí, na restrição do significado.
Depois vem outras.
Sandro: Alguns religiosos atacam todas as formas de sensualidade... Mas muitas formas de arte que eles atacam, não tem nada horrendo, na minha opinião.
Os poemas sensuais são... sensuais, ué.
MaFê: Então.
Qual é o problema?
O cântico dos cânticos é sensual.
Acho que lidamos mal com a sensualidade.
Fica mais fácil demonizar do que confrontar o reprimido.
E rotular quem sai do caixotinho, da fôrma-expectativa.
Sandro: hmmmmm
MaFê: Respirar é sensual.
Tem a ver com os sentidos.
A gente precisa deles pra poder se elevar.
São nossos instrumentos de percepção.
Sandro: É.
MaFê: Então!
Estamos aqui para "saturar" os sentidos de experiências.
Como vamos fazer isso, se tudo de uma vez ao mesmo tempo agora, se é aproveitando a experiência alheia (tipo, não come dendê demais que dá dor de barriga) se é experimentando aos poucos e dosando, é escolha nossa.
Sandro: Acho que "tudo ao mesmo tempo agora" denota ansiedade, faz mal!
A questão é o cara "chafurdar" na materialidade, ficar viciado.
MaFê: Mas pode viciar, que nem os shidis [poderes iogues] podem viciar, entorpecer.
Não tem diferença.
É tudo pra distrair.
Sandro: hmmmm... Se a questão é essa, acho que dá pra se viciar até em meditação... rs
MaFê: Por isso tem de vigiar, e cada um vigia a seu modo.
São escolhas.
Sandro: É... o cara medita... pode fugir do mundo.
MaFê: Ou não.
Medita e apre(e)nde a ver O mundo.
Sandro: É mesmo... tudo depende de como faz.
MaFê: Cai fora das armadilhas, vivencia mais puramente as experiências e aprende a se bastar.
"Cai fora da matrix"
Sandro: Bom... até logo, vou tomar um lanchinho agora...
Prestando atenção no que estou comendo!
Marcadores: consciência, discernimento, religião
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