Ludovica
Sandro:e a professora que conheci no curso que fiz?
ela tem 2 faculdades, 2 mestrados, e 14 pós-graduações
MaFê:
kkk
pra que tanto?
ficha corrida de titulação...
titulação por metro?
Sandro:
professora ludovica
MaFê:
sei lá
Sandro:
rs
MaFê:
eu gosto de pouco, pra afundar
submergir
e o que vejo em meu entorno,
é que quem parte pra tudo-junto-ao-mesmo-tempo-agora, na sua esmagadora maioria não passa da tensão superficial
porque os medinhos, o egão, não permitem
(e veja bem, o caso da ludovica pode ser uma mente centrada que sabe apre[e]nder e PODE fazer tudo-junto-ao-mesmo-tempo-agora com profundidade)
Sandro:
"caso da ludovica"... rs
me matei de rir
MaFê:
e a pessoa não tem força de mandar o ego plantar batatas, ou melhor, tocar o apito das horas
Sandro:
voltando - o ego não permite aprofundamento?
MaFê:
não
porque o aprofundar destrói a ilusão de que o ego manda
quer dizer, o ego é bom pra mandar no apito das horas: hora de dormir, de acordar, de comer, hora de acabar a aula
já viu como tem gente que não usa relógio, está sempre pontual (salvo acidente na marginal) e faz 10³²¹ coisas e tem tempo pra tudo?
Sandro:
siiiim...
MaFê:
enton,
essas gentes tiram o ego da função de criação, de sensação, que ele não é bom nisso
Sandro:
enquanto carinha que usa relógio, parece que está sempre "um minuto atrás" do ponteiro
MaFê:
e colocam o ego para executar a função para a qual ele foi feito
o 'controle das horas'
Sandro:
um mês para ler um livro, um segundo para ter a intuição
MaFê:
no final, sobra tempo
isso!
Sandro:
interessante
muito interessante, mexe com a cabeça
MaFê:
no final, sobra tempo, falta estresse e o desempenho hipermaximiza
e o ser fica humano.
Sandro:
tenho percebido isso
também
MaFê:
tudo 'simpres', como sempre
Sandro:
sim... imagina quando conseguirmos todos aprender com todas as nossas potencialidades... acabaremos o ensino fundamental aos 3 anos de idade
MaFê:
nem iria precisar ensino fundamental
Sandro:
sim... um aprendizado orgânico... não necessariamente seriado... vivo!
MaFê:
muito menos forçado
isso, vivificado!
Sandro:
imagina as possibilidades.
MaFê:
eu não imagino
eu sinto, na medida do meu entendimento, do meu possível
vai dar muito trabalho pra estrutura atual, porque o consumismo fica desmilingüido
gente feliz inventa as próprias soluções
não precisa comprar um novo,
Sandro:
eu imagino possibilidades... o cara livre para se auto-"formar" um médico-curador-eco-pedagogo, se o cara quiser estudar isso.
MaFê:
isso
bem, nem sei se precisaremos de médico, talvez no início, sim
porque a doença vem da distorção das funções básicas do ser humano
Sandro:
médico serve pra costurar as pessoas que se "arrebentam" rs
MaFê:
quem se arrebenta é porque não agüenta, passou do ponto
num mundo auto-consciente, vamos sentir os limites a cada instante e não vamos violar nossas possibilidades
Sandro:
é mesmo... cada vez menos necessários... portanto livres para se pensar, reinventar, talvez como educadores-curadores
por exemplo
MaFê:
é!
Sandro:
post suculento!
rs
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