sábado, 9 de agosto de 2008

O bichinho espiritual... - O "otro lado"


MaFê: Li o post do Bichinho Espiritual. Parece que tem uns 'julgamentos' em relação ao cético e o ateu, porque são atitudes diferentes: o cético duvida de tudo e o ateu não crê em Deus.
Porque são assim?
Pode ser por falta de entendimento e compromisso consigo mesmo.
Ou podem não ter compreendido e não 'engolem' (aquilo que vem da cultura)!
“Premero”: Cético é uma 'coisa', ateu é outra.
Cético descrê de tudo.
Ateu não acredita em Deus.
Precisa distinção entre os dois.
“Dispois”: A pessoa pode “estar” atéia porque não compreende o Divino complicado que é oferecido nas bancas da feira das religiões da vida!

Sandro: Também! É verdade.

MaFê:
Está sendo fiel à Consciência dela, já que a relação com o Divino deve ser pessoal.

Sandro: Sim, entendo.
[Todas as formas são de dialética com o Divino, mesmo que seja pela ausência/negação.]

MaFê: Que nem o “seu” Voltaire.

Sandro: Mas na verdade, não estava falando de céticos nem de ateus... estava falando de um estado INTERNO de negação.

MaFê:
Só que o ateu que manifesta humanidade tem espiritualidade!
Porém desacredita no divino mercantilizado!
Então, pode não ser estado de negação.
Eu percebo mais estado de negação na pessoa religiosa que se manifesta desumana
"tendeu"?
O ateu humano (e olha que coisa feia, estamos julgando e estabelecendo "catchigurias") pode não estar em estado de negação.

Sandro: Sim... compreendo... você levanta algumas percepções interessantes, não questões de “erro” ou “acerto” do texto.

MaFê: Isso!


Sandro: Entendi... então que o post não tem 'julgamento' como você havia questionado. Acho sim que tem algumas falhas de definições...
Eu já tinha pensado nisso, mas não sabia se valia a pena levantar a lebre... Pra não ficar nadando no "mar das definições"... rs

MaFê: Essa colocação parece boa.


Sandro: rs! Porque o mar de definições é chato e raso, mas é largo, interminável! Tchibum! Chuaaaá!

MaFê: Talvez fosse bom colocar um sinalizador no mar de definições, uma bóia...


Sandro: Sim... vou colocar essa conversa que estamos tendo.
Nada contra ateus, nem céticos... pelo contrário, acho que são necessários na nossa sociedade!
(Não necessariamente certos/errados, nos alertam dos “viajandões”!)

MaFê: Sim, claro!

Sandro: No fim, todos querem as mesmas coisas - alcançar a Verdade, apenas por meios diferentes.

MaFê:
Isso. É como escreveu o poeta.

Sandro: O que eu realmente queria comentar lá no outro post, é sobre o caso do cara que se debate internamente por não resolver certas questões próprias...
E vai, por si mesmo, atrás de rótulo.
Veste a "roupa" do cético, do ateu, do agnóstico, etc, porque está "disponível" na cultura e parece que "serve"...
Mas como não serve, ele sai por aí com uma roupa desconfortável! risos

MaFê:
Entendo.
Porque no mercadinho espiritual tem aquelas roupinhas divinais manjadas e esfarrapadas...

Sandro: É verdade. Eca! rs

MaFê:
E do outro lado da rua, no mercado border line tem essas que você citou.
E nego num sabe ou tem preguiça, ou medo (como você lembrou lá) de fazer sua roupitcha divina maravilhosa.

Sandro: Sim... eu quis dizer: melhor um ateu que se assume, do que um "espiritualizado" que só bota a roupa de anjo (as aspas acolá são as asinhas da roupa a cá...) e sai por aí, mas internamente é caixa vazia!

MaFê: Certo!


Sandro: E tem aquele lance do ateu que acredita no Nada.
Acho que o Nada é o lance mais transcendente, místico que existe! Quer algo mais belo que o Nada?
E o cara tem que ter uma puta FÉ pra acreditar no Nada. E uma baita coragem! risos.

MaFê: Tem mesmo.

Tem que ter muita coragem e uma cara dura incrível, porque 'todo mundo' com roupa de anjinho quer bater no cara que assume que acredita no Nada.
(Eu também penso que o Nada “é o canal”!)

Sandro: É mesmo. rs.
Porque querer bater no cara que acredita no Nada? Respeita, ué.
Acho que aí rola o oposto - acontece porque o pessoal da “roupa de anjinho” fica inseguro com a própria crença! eheh!

As palavras são películas superficiais sobre águas profundas.

Wittgenstein

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