sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Às vezes eu esqueço...

Das "regras" sociais. Quer dizer, daquelas regras não-escritas e não faladas, mas que todo mundo segue, mesmo sem saber bem por quê.

Coisas como:
- não olhar nos olhos do seu interlocutor;
- não sorrir para estranhos na rua;
- não puxar papo com outras pessoas ainda desconhecidas (principalmente se elas forem mais bonitas ou, no momento, estiverem mais bem vestidas que você)...

Já vi gente entrando rapidinho no elevador do prédio, pra não ter que falar bom dia.

Mas o que eu quero falar é sobre um dia que um colega apresentou suas amigas, ex-colegas de trabalho.

Cumprimentei todo sorridente, perguntei o nome, e comecei a conversar normalmente.
Uma das amigas se desviava, olhando para baixo, enquanto a outra (a mais bonita) ficava o tempo todo mexendo e mostrando a aliança.

Ué. O fato de querer conhecer, fazer amizade, não significa que estou romanticamente ou sexualmente interessado nelas. Então porque ela teve que ficar mostrando a aliança? Do que ela tinha medo? De que eu atacasse ela, ou ao contrário, ela mesmo não aguentasse, e me atacasse ali na frente de todo mundo...?

Fico pensando se na cabeça das pessoas, conversar animadamente seria uma forma de "traição". "Ah, se meu marido/namorado me visse conversando animadamente com outro homem, ele ficaria louco".
Como se a alegria e descontração fossem propriedade particular do ser amado, reservando a conversa sóbria ou meramente funcional para os outros indivíduos não-eleitos.

E mesmo que por exemplo, qualquer outro homem estivesse a fim, o que há para se ter medo?

Só posso imaginar que se trata do medo de não saber dizer não.

Por Sandro

1 pessoas deram pitaco na cozinha:

Anonymous Anônimo bedelhou...

Olá...

Gostei bastante do Blog...
Coloquei um link no meu, para poder voltar... e para que outrso vejam....

Abraço

8:29 PM  

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